quinta-feira, 14 de maio de 2009

BOOX da Onyx International

A Onyx International apresenta a sua nova promessa: o BOOX.

O aparelho deverá dispor de um ecrã tátil assente na tecnologia E Ink Vizplex. Uma caneta permitirá sublinhar o texto, fazer anotações e navegar pelos menus.

Com 120 MB de RAM e um processador a 532MHz, o BOOX aceitará cartões de memória SD de 512 MB ou superiores.

Será possível localizar palavras dentro do texto ou traduzi-las com o auxílio de um dicionário.

Os deficientes visuais poderão ainda contar com a funcionalidade de leitura áudio automática (“texto-para-voz”).

De entre os formatos suportados contam-se os PDF, TXT, HTML, CHM, RTF, Mobipocket (sem GDA), PDB, JPG, PNG, BMP, TIFF.

A empresa dá a entender que se esforçará para suportar o formato EPUB.

A compatibilidade com o formato mp3 permitirá igualmente ouvir música no dispositivo.

Como um telemóvel, o BOOX disporá de conetividade Wi-Fi e GPRS/3G. Será, portanto, teoricamente possível navegar na Internet a partir do dispositivo e descarregar diretamente livros eletrónicos.

A Onyx não vende ainda para o consumidor final. Procura parceiros que comprem, pelo menos, 3.000 unidades para revenda. Tudo leva a crer que a empresa ainda tenha apenas disponíveis protótipos em pré-produção.

Junho de 2009 é a data prevista para o lançamento e 300 euros o preço estimado.

Veja o vídeo no Youtube.

Ricardo F. Diogo:

O ecrã tátil, a possibilidade de sublinhar e fazer anotações no texto, aliados à funcionalidade de pesquisa e dicionário levam este dispositivo ao encontro do que a maioria de fãs de livros digitais sempre desejou.

Creio que o aparelho deverá suportar o formato EPUB se não quiser merecer censuras dos utilizadores.

Na luta de formatos, o facto de apenas suportar ficheiros Mobipoket não protegidos por sistemas de gestão de direitos de autor dever-se-á, talvez, a não ter chegado a acordo com a proprietária deste formato, a Amazon, que dispõe do seu próprio leitor de ebooks, o Kindle.

Dificilmente os livros em PDF serão legíveis no aparelho. A não ser que sejam previamente formatados pelo utilizador para o tamanho do ecrã ou o dispositivo disponha de uma aplicação de reformatação. Por outro lado, o PDF tornar-se-á progressivamente redundante, à medida que o EPUB se for generelizando.

A funcionalidade de conversão para voz levantará necessariamente objeções dos editores e autores, como já anteriormente sucedeu com o Kindle da Amazon. Os editores argumentam que a leitura em voz automática é uma violação dos direitos de autor.

Considero o design atrativo, embora faça lembrar aparelhos já existentes no mercado.

O BOOX parece-me um leitor com extraordinárias potencialidades.

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