A Onyx International apresenta a sua nova promessa: o BOOX.
O aparelho deverá dispor de um ecrã tátil assente na tecnologia E Ink Vizplex. Uma caneta permitirá sublinhar o texto, fazer anotações e navegar pelos menus.
Com 120 MB de RAM e um processador a 532MHz, o BOOX aceitará cartões de memória SD de 512 MB ou superiores.
Será possível localizar palavras dentro do texto ou traduzi-las com o auxílio de um dicionário.
Os deficientes visuais poderão ainda contar com a funcionalidade de leitura áudio automática (“texto-para-voz”).
De entre os formatos suportados contam-se os PDF, TXT, HTML, CHM, RTF, Mobipocket (sem GDA), PDB, JPG, PNG, BMP, TIFF.
A empresa dá a entender que se esforçará para suportar o formato EPUB.
A compatibilidade com o formato mp3 permitirá igualmente ouvir música no dispositivo.
Como um telemóvel, o BOOX disporá de conetividade Wi-Fi e GPRS/3G. Será, portanto, teoricamente possível navegar na Internet a partir do dispositivo e descarregar diretamente livros eletrónicos.
A Onyx não vende ainda para o consumidor final. Procura parceiros que comprem, pelo menos, 3.000 unidades para revenda. Tudo leva a crer que a empresa ainda tenha apenas disponíveis protótipos em pré-produção.
Junho de 2009 é a data prevista para o lançamento e 300 euros o preço estimado.
Veja o vídeo no Youtube.
Ricardo F. Diogo:
O ecrã tátil, a possibilidade de sublinhar e fazer anotações no texto, aliados à funcionalidade de pesquisa e dicionário levam este dispositivo ao encontro do que a maioria de fãs de livros digitais sempre desejou.
Creio que o aparelho deverá suportar o formato EPUB se não quiser merecer censuras dos utilizadores.
Na luta de formatos, o facto de apenas suportar ficheiros Mobipoket não protegidos por sistemas de gestão de direitos de autor dever-se-á, talvez, a não ter chegado a acordo com a proprietária deste formato, a Amazon, que dispõe do seu próprio leitor de ebooks, o Kindle.
Dificilmente os livros em PDF serão legíveis no aparelho. A não ser que sejam previamente formatados pelo utilizador para o tamanho do ecrã ou o dispositivo disponha de uma aplicação de reformatação. Por outro lado, o PDF tornar-se-á progressivamente redundante, à medida que o EPUB se for generelizando.
A funcionalidade de conversão para voz levantará necessariamente objeções dos editores e autores, como já anteriormente sucedeu com o Kindle da Amazon. Os editores argumentam que a leitura em voz automática é uma violação dos direitos de autor.
Considero o design atrativo, embora faça lembrar aparelhos já existentes no mercado.
O BOOX parece-me um leitor com extraordinárias potencialidades.
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