domingo, 13 de janeiro de 2008

Génesis ou Michael Hart e o Projecto Gutenberg


Em 1971, Michael Hart, então um estudante na Universidade de Illinois, Estados Unidos da América, abriu a mala e teve uma ideia. Ao folhear a Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, pensou: e se eu transcrevesse este texto para um computador e depois compartilhasse o arquivo com os meus colegas?

Assim fez. Nascia o primeiro livro electrónico da história da Humanidade, digno desse nome. Ei-lo.

Os computadores de então eram máquinas gigantescas, que serviam para pouco mais do que para realizar cálculos. Ao ver no computador um meio para arquivar textos clássicos e compartilhá-los, Hart foi um visionário.

Surgia o Project Gutenberg (em honra de Johannes Gutenberg, inventor da imprensa de caracteres móveis).

Nos anos que se seguiram, Michael Hart foi transcrevendo outros textos (a Bíblia, Alice no País das Maravilhas,…) . Na década de 1990, com a popularização da Internet, surgiram outros voluntários que o ajudavam a transcrever os textos. Foi conquistando adeptos da sua filosofia:

«Encorajar a criação e distribuição de livros electrónicos. O Project Gutenberg é impulsionado por ideias, ideais e pelo idealismo. O Project Gutenberg não é impulsionado pelo poder financeiro ou político. Portanto, o Project Gutenberg é impulsionado totalmente pelos voluntários.» (in Declaração de Missão do Project Gutenberg)

Em 2000, um voluntário de nome Charles Franks cria aquilo que revolucionaria para sempre o modo de criação dos livros electrónicos. Mas esse é outro capítulo…



(Ver: História do Project Gutenberg.)

2 comentários:

azuki disse...

um excelente 2008 para o "Ler Digital"!

Anónimo disse...

Wau, não sabia tudo o que escreveste aqui.
Começo a interessar-me cada vez mais.